Memorial do Holocausto no Rio de Janeiro – Como é a visita

Um dos pontos turísticos mais jovens do Rio de Janeiro, inaugurado em janeiro de 2023, é Memorial do Holocausto. Ele fica no Parque Yitzhak Rabin, no topo do Morro do Pasmado, em Botafogo, Zona sul da Cidade.

O espaço foi criado para propor uma reflexão sobre as causas que levaram ao genocídio de judeus por nazistas durante a segunda guerra mundial, e para que o passado não seja esquecido e jamais se repita.

O museu retrata, com experiências imersivas, a rotina de judeus antes, durante e depois dos horrores da Segunda Guerra Mundial.

Nesse artigo vamos comentar sobre como é a visita ao Memorial do Holocausto no Rio de Janeiro.

Obelisco no Memorial do Holocausto no Rio de Janeiro
Obelisco no Memorial do Holocausto no Rio

Memorial do Holocausto no Rio de Janeiro

Quem chega ao topo no Morro do Pasmado da de cara com um monumento de 20 metros de altura. Nele estão representados os 10 mandamentos (um conjunto de princípios éticos e religiosos que são fundamentais no Judaísmo e no Cristianismo).

O destaque fica para o 6º mandamento: “Não Matarás”. Este mandamento está representado de forma incompleta, simbolizando os seis milhões de vidas perdidas resultantes do Holocausto.

Você também pode aproveitar para observar os arredores, já que a construção tem como cenário a enseada de Botafogo, o Corcovado e também o Pão de Açúcar.

Sexto mandamento "Não matarás" tem uma parte ausente
Sexto mandamento “Não matarás” tem uma parte ausente

A exposição continua no subsolo do monumento. Ela começa a partir de um telão em meio círculo que exibe fotos e frases dos sobreviventes do Holocausto. É tocante!

Seguindo para a primeira sala da exposição você verá fotos que retratam a vida antes do Holocausto. Uma sala iluminada, com fotos coloridas e sons do cotidiano dessas pessoas, festas, crianças brincando e pessoas se divertindo.

1º sala do Memorial do Holocausto
1º sala do Memorial do Holocausto

Na sala seguinte, as fotografias perdem sua tonalidade, deixando para trás cores e também sons, assim como tudo que essas pessoas perderam durante o regime nazista. O silêncio só é quebrado quando o visitante interage com as telas que ali existem, desencadeando a narração das histórias dos sobreviventes.

2º sala do Memorial do Holocausto no Rio
2º sala do Memorial do Holocausto

A terceira e ultima sala representa a vida depois do Holocausto, com foco na capacidade humana de resiliência e como essas pessoas, cada uma a seu modo foram reconstruindo as suas vidas. 

Anexo ao espaço da exposição permanente, há uma varanda denominada “Varanda dos Direitos Humanos”, com uma belíssima iluminação, onde a claridade externa adentra o espaço através de vários furinhos feitos nas janelas. No local ficam mostras temporárias com foco nos direitos humanos, de forma a transportar o visitante para realidades atuais da sociedade.

Varanda dos Direitos Humanos no Memorial do Holocausto
Varanda dos Direitos Humanos no Memorial do Holocausto

Vale saber também:

A construção do Memorial do Holocausto no Rio começou a ser idealizada há mais de 30 anos pelo ex-vereador e ex-deputado estadual Gerson Bergher, já falecido.

O Holocausto foi o assassinato em massa de milhões de judeus e de integrantes de outros grupos populacionais minoritários como negros, ciganos, pessoas com deficiência, homossexuais, testemunhas de Jeová e maçons, além de comunistas e outros opositores políticos do regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.

Memorial do Holocausto no Rio
Memorial do Holocausto no Rio – Acesso a exposição

Informações Úteis sobre o Memorial do Holocausto

Horário de Funcionamento:  Área extra do Parque Yitzhak Rabin: Todos os dias, de 8h às 22h
Área Museológica: De quinta a domingo, das 10h às 18h (última entrada às 17h)
Segundas, terças e quartas: fechado

Tempo de Visitação: Livre, dentro do horário de funcionamento.

Classificação indicativa: 12 anos

Custo de entrada: Gratis, mas e os ingressos devem ser retirados pelo site da Sympla (com agendamento de horário pré-determinado). Também é possível fazer visitas espontâneas (sem agendamento) nos feriados, sábados e domingos às 11h e às 15h

Infraestrutura: Há banheiros, bebedouro e estacionamento gratuito. Há um food truck na área externa do memorial, sendo esse o único ponto de alimentação no local.

Contatos: Site oficial e @memorialdoholocaustorio

Memorial do Holocausto no Rio - Área externa
Memorial do Holocausto no Rio – Área externa

Como chegar no Memorial do Holocausto do Rio

Para chegar de carro é bem fácil. É só definir o seu GPS para o endereço Al. Embaixador Sanchez Gavito, 333 – Botafogo. Há estacionamento no local, mas são poucas vagas. 

Não existe um sistema de transporte público que leve até a porta do Memorial. A opção mais próxima é chegar à Rua General Severiano. A partir desse ponto, é necessário percorrer 750 metros a pé (com inclinação), ou então optar por um táxi ou serviço de transporte como Uber para concluir o percurso.

Varanda dos Direitos Humanos no Memorial do Holocausto no Rio de Janeiro
Varanda dos Direitos Humanos no Memorial do Holocausto

O Memorial do Holocausto foi concebido com o propósito de fomentar uma profunda reflexão acerca das raízes que levaram ao genocídio dos judeus e outros povos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Sua essência reside em garantir que as lições do passado permaneçam vivas na memória coletiva, a fim de evitar que tais tragédias se repitam no futuro.

Avisos importantes:

– Devido a pandemia de covid-19, muitos dos atrativos citados nesse artigo podem ter interrompido suas atividades temporariamente ou permanentemente, ou mesmo, podem necessitar de agendamento prévio, por isso, indicamos que você entre em contato com a propriedade antes da visita para confirmar os horários de funcionamento e regras de visitação.

– Os valores citados ao logo desse artigo (caso haja), podem ter sofrido alteração desde a data de nossa última visita.

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Débora Santiago
Débora Santiago
Turismóloga e fotógrafa por profissão e blogueira por vocação. Sócio-fundadora e autora do blog Diário de Uma Viajante desde 2010.
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2 respostas
  1. Boa tarde. Apenas uma percepção em relação à frase veiculada na matéria: “além de comunistas e outros opositores políticos do regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.” A bem da verdade, as atrocidades não foram cometidas somente em contexto de “Segunda Guerra Mundial”, que foi o período de confrontação ao regime nazista. Houve um longo período antes da Guerra onde a violência estrutural do regime nazista atuou. Trocaria “durante a Segunda Guerra Mundial” por “durante o regime nazista”.

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