Faça uma visita à Ilha Fiscal

A deslumbrante ilhota na Baía de Guanabara chama atenção de quem passa pela ponte Rio-Niterói, passeia pela Praça XV, no centro do Rio ou pousa no aeroporto Santos Dumond e desperta o interesse em fazer uma visita.

visita à Ilha Fiscal
Fachada da Ilha Fiscal

História da Ilha Fiscal

Originalmente chamada pelos europeus de Ilha dos Ratos, foi erguida a mando de D. Pedro II bem como a escolha de seu estilo arquitetônico. O palacete que possui estilo neogótico provençal, foi inspirado nas construções do arquiteto francês Viollet-le-Duc, sendo o projeto de autoria de Adolpho José Del Vecchio.

O edifício foi inaugurado em abril de 1889 e contou com a presença do Imperador. Construído para ser um posto alfandegário para o controle das mercadorias a serem importadas e exportadas pelo porto do Rio de Janeiro, nesta época a capital do Império, passa então a se chamar Ilha Fiscal.

A Ilha recebeu no dia 9 de novembro de 1889 um baile em homagem aos oficiais no navio chileno “Almirante Cochrane”. Este é considerado como “O último baile do Império” antes da proclamação da república que ocorreu em 15 de novembro de 1889, ou seja, 6 dias depois do baile.

Em 1930 a Ilha Fiscal foi integrada a Ilha das Cobras que fica logo ao lado e no ano de 1998 o Grupamento de Navios Hidroceanográficos deixou a lha, sendo esta a última organização militar que permaneceu por lá. A partir de então a Marinha adotou a Ilha como parte da política e valorização da memória naval e abriu suas portas ao público.

Seu edifício encontra-se tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro desde 1990 e vem passando por vários processos de restauração coordenados pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Atualmente a Ilha abriga um museu histórico-cultural mantido pela Marinha do Brasil.

visita à Ilha Fiscal
Vista da Ilha Fiscal para o Rio de Janeiro

Como visitar a Ilha Fiscal?

Para visitar a Ilha você deve se dirigir ao Espaço Cultural da Marinha que fica na Avenida Alfred Agache, s/n no centro do Rio. O valor do ingresso é de R$ 30,00 a inteira, R$ 15,00 a meia e gratuito para crianças menores de 2 anos, mas para adquiri-los é bom chegar bem cedo, pois a procura sempre é muito grande.

A venda do ingresso acontece sempre diretamente na bilheteria entre 11h e 15h10 e os passeios ocorrem de quinta a domingo ou em feriados em três horários: 12h30, 14h00 15h30  e tem uma duração média de 2 horas. O site da Marinha contem informações atualizadas mensalmente dos dias que o passeio não acontecerá, por isso, consulte antes de se dirigir ao local.

Visitando a Ilha Fiscal

A chegada a ilha acontece através de uma escuna e o trajeto dura cerca de 10 a 15 minutos, mas em caso de qualquer avaria ou mal tempo o meio de transporte poderá ser substituído por uma van ou por um microônibus (que foi o meu caso), por isso, se você faz questão de acessar a Ilha Fiscal através da embarcação, questione antes sobre o meio de transporte que será utilizado, pois após a compra não será possível solicitar reembolso.

Ao chegarmos a ilha somos recepcionados por um guia que nos conduz através dos sete mil metros quadrados de área construída passando pelos salões principais, pelo terraço, que deslumbra uma bela vista de Niterói, do Rio de Janeiro e da Baía de Guanabara alcançando até a Serra dos Órgãos em dias de bom tempo e pelas exposições que estão disponíveis ali.

A guia segue contando sobre a história da Ilha, sobre o “o último baile do Império” que aconteceu no local e também explica um pouco sobre as contribuições da Marinha ao desenvolvimento do país.

Ao final da visita, antes de retornar a cidade, ainda sobra um tempinho para passear livremente pela área externa, tirar muitas fotos ou fazer uma visita a pequena cafeteria que existe no local. Além da cafeteria também estão disponíveis aos visitantes banheiros e bebedouros.

visita à Ilha Fiscal
Terraço com vista para a Ponte Rio-Niterói

Dicas Extras

– O ingresso adquirido para visitar a Ilha Fiscal também dá direito a visitar o Espaço Cultural da Marinha, e você pode fazê-lo antes ou depois do passeio.

– No Espaço Cultural da Marinha também há uma pequena lanchonete e uma loja de souvenires, que você pode desfrutar enquanto aguarda o início do passeio.

– A Ilha pode ser locada para eventos como casamentos, festas e/ou eventos corporativos. (Mas um motivo para sempre conferir no site da marinha os dias de funcionamento, pois no caso da ilha está locada para qualquer tipo de evento os passeios regulares não acontecem).

– Caso tenha restado alguma dúvida você pode entrar em contato com eles através do email: dphdm.faleconosco@marinha.mil.br.

Antes de finalizarmos esse post, queria falar do nosso guia digital “102 atrações e passeios gratuitos no Rio de Janeiro, além das praias“. Ele é pra você que gosta de passear de maneira econômica e ter toda a sua fonte de pesquisa reunida em um só lugar. Para conhecer todos os atrativos da lista, clique na imagem abaixo para fazer o download:

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Avisos importantes:

– Devido a pandemia de covid-19, muitos dos atrativos citados nesse artigo podem ter interrompido suas atividades temporariamente ou permanentemente, ou mesmo, podem necessitar de agendamento prévio, por isso, indicamos que você entre em contato com a propriedade antes da visita para confirmar os horários de funcionamento e regras de visitação.

– Os valores citados ao logo desse artigo (caso haja), podem ter sofrido alteração desde a data de nossa última visita.

– Essa página contém link de afiliados, mas não nos responsabilizamos pelos serviços prestados por empresas, hotéis ou anúncios exibidos ao longo desse texto.

Débora Santiago
Débora Santiago
Turismóloga e fotógrafa por profissão e blogueira por vocação. Sócio-fundadora e autora do blog Diário de Uma Viajante desde 2010.
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